terça-feira, 26 de outubro de 2010

O que é científico?... De fato não serei eu quem irá definir por completo ou o certo ou o errado, mas pelo o que já li e dizem muitos estudiosos, podemos falar algo a respeito.





O que é científico?

Um cientista, o que ele faz? A ciência é cega, surda, muda e sem percepção para com o que ela não abarca, ou seja, diante de algo que não seja real, verdadeiro e comprovado. De fato um cozinheiro cozinha, o jardineiro cuida do jardim e o barbeiro corta cabelo e barba, entretanto, estão intrínsecas ao cientista as teorias de experimentação, propondo declarações, ou sistemas de declarações, testando passo a passo, como já foi definido por Karl Pooper, um filósofo da ciência que estuda o que um cientista faz.
Em falar do filósofo Pooper, por que o seu estudo é designado por Filosofia da ciência e não somente filosofia? A filosofia não é ciência. Por mais que abarca muito mais, demasiadamente tantas e tantas áreas do conhecimento, traçando o caminho e iluminando as buscas científicas, indo além da ciência, não é ciência. O cientista trabalha com teorias e hipóteses, mas que sejam matemáticas, definidas e verdadeiras. A filosofia questiona tudo, às vezes parece ter solução para tudo, no entanto, muitas das vezes, senão na maioria das vezes, não consegue sistematizar, classificar e definir, fugindo e não segurando o que a ciência quer, verdades definidas e comprovadas. É aquela relação de Manoel de Barros: “A ciência pode classificar e nomear os órgãos de um sabiá, mas não pode medir seus encantos”.
A centopéia nunca se atrapalhou ao andar com as suas tantas pernas, porém, a partir do momento que foi questionada, se ela já tinha indagado sobre qual perna ela mexia primeiro, ao andar e pensar, ficou paralítica. O cientista não pode agir de maneira apenas natural e automática, como faz as centopéias, sem se dá conta do que está sendo feito, do que está a sua volta. Mesmo que fique paralítico, mesmo que fuja do jogo dos sentidos, ele não pode dissimular, enganar e fugir das imagens fiéis da realidade. As palavras são os olhos da ciência. Não as palavras do jogo de risos das piadas, ou das imposições de um sargento para com os seus soldados, mas as palavras no jogo de linguagem do cientista, não quaisquer palavras, mas aquelas que a ciência consegue segurar, deixando passar aquelas que a ciência não pode dizer.
O que o cientista faz e tenta assegurar, portanto, são os reflexos da realidade, as declarações ou sistemas de declarações num jogo de palavras que são passíveis de comprovações, métodos, classificações e sistemas precisos; cego para o que não se consegue “pegar” e que sejam necessárias outras redes para abarcar o que cai, mas que assegure o jogo da ciência, o qual o cientista joga.

3 comentários:

  1. Belo texto, Aurélio.
    Isso daria um bom debate.
    Parabéns!

    Raphael

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  2. é de fato aurelio,que o senso comum é adquirido por tradiçao,ou seja,sao respostas simples para situarmos no nosso cotidiano;podemos dizer que isso seja crença,já que muitas vezes nao há uma comprovocaçao maior ou especifica,analisando assim é um conhecimento espotanio e nao-critico.Vou pegar um exemplo seu:"o jardineiro cuida do jardim",com o dia-a-dia ele aprendeu a forma certa de cuidar e manusear,mas se ocorrer de uma planta morrer ou o adubo nao lhe proporcionar os efeitos desejados esse jardineiro nao vai saber identificar o problema,ai é que vai entrar o conhecimento cientifico a parti de um estudo concreto vai se obter elementos para corrigir certas condutas e adapta-lás as novas situaçoes.Agora vai meu ponto de vista desse texto,quero começar com uma frase do filosofo MerleauPonty:"A ciencia explica o mundo,mas se recusa a habita-lo",para mim essa seja a diferença entre a ciencia e a filosofia.A filosofia questiona verdade e a se mesma,vive o real,aceita conviver com o contidiano e nao despreza nenhuma ipotese das tais sabedorias,tanto cientifica e senso comum.Para muitos estudiosos a ciencia é vista como um fato abstrato,isolado do conjunto em que se encontra inserido.Espero q esse meu ponto de vista esteja certo..pelo texto

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  3. kkkkkkkk... relaxa olga, bom comentário. quero essas críticas para me dar ânimo a escrever mais. abraços

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